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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

UM POEMA DE LÊDO IVO



A TEMPESTADE





Para que os cajueiros possam florir caiu esta
[chuva
que apagou as estrelas e encharcou os caminhos.
Água e vento derrubaram as cancelas antigas,
quebraram telhas, vergaram árvores, [suprimiram cercas,
desalojaram abelhas e marimbondos,
enxotaram os pássaros predatórios,
e o galinheiro é um cemitério de pintos amarelos.



Este é o regimento do mundo: relâmpagos e raios
antes da flor e do fruto.

[ O SINGULAR Antonio Carlos Floriano selecionou este poema do poeta LÊDO IVO para os blogueiros singulares. O quadro que ilustra o poema é do grande Hassis: o famoso VENTO SUL.]

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