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sábado, 17 de outubro de 2009

Poesia para gostar de ler Poesia


Uma antologia da poesia joinvilense

A antologia poética Poesia para gostar de Poesia, com seleção e textos Marco Vasques e Marcos Vinícus Scheffel, foi lançanda recentemente no colégio municipal Geraldo Wetzel, Jlle. A opção por lançar numa escola tem a ver com a natureza do projeto, pois se trata de uma antologia de poetas joinvilenses. O livro vai ser distribuído gratuitamente às escolas através de parceria feita com a Secretaria de Educação da cidade. O poeta e crítico de poesia Marco Vasques vai falar sobre a produção poética da cidade para alunos e professores com o objetivo de apresentar os poetas da cidade para a cidade. São 15 poetas ao todos: Fernando José Karl, Ramone Abreu Amado, Rubens da Cunha, Clotilde Zingali, Alcides Buss, Marcos Alqueire, Caco de Oliveira, Cristiano Nagel, Dúnia de Freitas, Carlos Alberto Correa, Patrícia Hoffmann, Rita de Cássia Alves e Valmir Capim, Marinaldo da Silva e Silva e Paulo César Ruiz.

Em entrevistas para os jornais Notícias do Dia, Diário Catarinense e A Notícia, Vasques fala sobre o livro: "Octavio Paz diz que “a poesia é uma operação capaz de transformar o mundo. Que é conhecimento, salvação, poder, abandono.” Aí mora o sentido de uma antologia poética como esta. Joinville até os anos 1970 e 1980 não produziu nem um poeta capaz de se destacar no cenário nacional, hoje, paradoxalmente, é uma das cidades de onde saem um número incrível de poetas de qualidade. Muitos desses poetas terão sua passagem assegurada na história da literatura. Casos como o de Ramone Abreu Amando, Rubens da Cunha, Marinaldo da Silva e Silva, sem falar, é claro, no poeta Fernando José Karl, são raros. São poucas as cidades de um estado com nossa natureza que permitem coligir num só trabalho 15 poéticas."

Organização


"Uma antologia desta natureza exige um olhar generoso dos organizadores sobre o que se produz ou se produziu na cidade. É claro que nem todos que ali estão são gênios e gravarão seu nome para a posteridade literária (quem tem o nome assegurado nela?), mas todos que ali estão marcaram ou marcarão de algum modo a feitura poética exercida naquele espaço geográfico. Assim acontece com a história universal da literatura. Quando Octavio Paz diz que “um poema é um caracol onde ressoa a música do mundo” fico me perguntando que tipo de poema tem esse poder? Às vezes, e isso acontece, um poeta brilhante passa quase sem ser visto quando um e outro poeta mediano entra no leitor. Vai entender essa lógica? Mas no fim, tudo se assenta, veja o caso do Sousândrade e outros?"

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