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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Poema de Cristiano Moreira

Para fernado karl em seu aniversário

quando o sol passa sobre a cabeça
e a deixa mais branca ou mais calva
é pra mostrar-nos que ter calma
ajuda a azeitar o eixo e a lança

assim o sol sobre as águas de aquário
faz brilhar a luz solitária do peixe mudo
aquele que contou a netuno as gafes
de mnemosine, o mesmo que disse
a osíris que o mangue não era tão fundo.

ao passar o sol sobre a cabeça
e o vidro trincar do aquário, veja no fundo
já menos solitário e mudo, o peixe. e as alças do vento
como asas, no peixe voador antes lento
à popa carreando vento e nas escamas,
a desfiada coreografia da dança.

Um comentário:

Priscila Lopes disse...

"veja no fundo
já menos solitário e mudo, o peixe. e as alças do vento"

adorável!

parabéns, a ambos.