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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sensualidade

No caderno do aluno de amor, desenho o ventre azul.
Faço meu beijo do perfume da boca de amoras.
Rabisco seios morenos de incêndio.
Toco flauta com mãos de rio
e umedeço as palavras de ontem.
Quando exausto, estico o pescoço até o topo dos
manacás
onde moram as cigarras.
Diante dos olhos uma cidade constrói homens de cera.


Valdemir Klamt

2 comentários:

Anônimo disse...

Este poema é belo
como o Taj Mahal

Seios morenos de incêndio.

Não achas, Floriano, que devíamos incendiar o Poetas no Singular?

Karl

Antonio Carlos Floriano disse...

Talvez seja o melhor caminho.

Floriano.