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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dois poemas de Vittorio Brausen

1

ZUMBI

ZOOM

BIS

ZOOM

ZUMBIS

NA

PALMA

MOON

NÓS

NOS

ARES

1

Miscigenar todas as culturas, todas as línguas e esgarçar o verbo até a brancura. Estabelecer zoons performáticos nas gargantas dos ouvintes e passantes. Ser Neo, ser a princesa Lea, ser Sookie e ler Dostoievski, Dante, Machado de Assis. nada declarar senão a declaração dos direitos humanos. Abaixo Alain Badiou. O humano é vítima sempre. É necessário resgatá-lo, é necessário dar a ele a pílula vermelha. Eliminar todas as pílulas azuis. Eliminar as ilusões eretas. Deixar a natureza compor o corpo. Sempre!

2

não pare

no

sinal

fechado

NO

MAR

MORE

PARA

do

y

ou

agora

2

Pare! é preciso resgatar Wanderleia. É preciso calar o juiz e parar o casamento. Por um mundo macerado na liberdade. Por um mundo em que Beccaria vive. Sodoma para os Malafaias. Alguém precisa mostrar aos donos da verdade algumas areias movediças. Pare! Que venha a costa do encanto ligando o Jardim Paraíso ao Morro do Mocotó. "Ah meu Mocotó querido!". Pare. Placa mãe no cérebro dos incautos. 2022 agora!

(Vittorio Brausen)

Um comentário:

Anônimo disse...

simplesmente esplêndido:
a tempestade, que nunca envelhece,
vomita os mornos

karl