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sábado, 16 de junho de 2012

não seja tão literário mas se homero dante a bíblia são pura literatura por que não escrever abismos com violinos? (sei que minha geração ainda uma vez ironizou os programas do poder os discursos literários romantismos concretismos panfletarismos cabotinismos evoé nuvem cigana saudades cacaso & ana mais tantos que sonharam o fim das ditaduras naqueles roarin’70) e o consolo paralelo das construções diamantinas o la chair est triste, hélas! et j’ai lu touts les livres (não resolve mas me ilumino de imenso) última oportunidade a um cinquentão sem poética consistente mas com tanta vodka pela frente (se pudéssemos estrangular deus a branca medicina tudo tudo ironia na neblina) a prosa invadiu de vez a poesia com música ou sem melodia o verso não mais recamará ossos (parcas as parcas aspérrimos verbos e este ônibus seco) corais de luzes dolorosas navios do princípio do tempo encalhados nos esqueletos sem fim (ninguém virá na estrada para e se vier não há mais jeito refulgem ruíssimas retinas o anjo se drogou todo de estrelas) no fundo fosso a fera engole a ferida tremenda e no entanto a vida entanto o sonho (virá cantando aleluia pelo atalho todos desconhecem o mapa mágico rastro sagrado pedra angular tudo se esqueceu) última oportunidade hare hare AFONSO HENRIQUES DE GUIMARÃES NETO

Um comentário:

Anônimo disse...

bacanérrimo