naquela manhã em tóquio na fila do macdonald as bruxinhas do harajuku falavam alto gírias japonesas e todos eram japonesas e enquanto eu chegava para ser atendido somente a confusão da insônia e o alvoroço dos meninas enfeitadas e minha mente tentando gravar o número do pedido e a neve suja do sábado e a atendente falando agudo e programado e eu estendendo uma nota de dez mil ienes
para não precisar me enganar e o guarda apitando fora na neve sob um viaduto e eu me sentia sozinho a insônia o sanduíche plastificado o frio da rua na cara molhada do guarda no olhar verde no vermelho do cabelo
no delírio dos meninos e das meninas seus olhos rasgados como gatos só sei que era frio só sei que isso nunca foi de fato um sonho
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