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Fritz Henle, 1945
Se ali o céu, acúmulo de ar, ourografia nebulosa, água corrente o céu: via régia: linguaviagem em direção ao sabre lúcido, à prosa da piscina vista do belvedere. Ouçamos, pois, como soa o céu: sem anular o sonho, antes o vivifica. Se o céu parece comum, é porque não o vimos ainda. Despojar a palavra da palavra, confessá-la em música. O céu passou, mas o rastro do céu, fixo nesta matéria fina de toda certeza: a palavra: permanece ao alcance do sopro que a língua da tempestade cura.Fernando José Karl
Um comentário:
que texto bacana karl. nesse mundo deletado de tudo é sempre bom encontrar alguma sombra para o descanso.
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