Aquí, el final
Aqui, el final de la palabra, del libro, del azar.//Desierto!/Arroja esse dado. No sierve para nada.//Aqui, el final del juego, de la semejanza./El infinito, mediante su letras, niega el final.//Aqui, el final no puede ser negado. Es infinito.//Aqui no es el lugar,/ni siquiera la huella.//Aqui es arena.
Aqui, o fim
Aqui, o fim da palavra, do livro,do acaso.
Deserto!
Lança este dado. Não serve para nada.
Aqui, o fim do jogo, da semelhança.
O infinito mediante suas letras, nega o fim.
Aqui, o fim não pode ser negado. É infinito.
Aqui não é o lugar,
Nem sequer o vestígio.
Aqui é areia.
Trad. Cristiano Moreira
Edmond Jabès
Nasceu no Cairo em 1912 e faleceu em Paris em 1991. Foi um dos grande nomes da poesia do século XX. De origem judaica, partiu do Egito quando o país expulsou os judeus em 1956 exilando-se em Paris. Estabeleceu contato com Max Jacob e outros surrealistas embora esta estética não tenha sido seguida em sua poesia. Em 1967 obteve cidadania francesa e junto com Sartre, Albert Camus e Levi-Strauss, teve seu trabalho exposto na Exposição Mundial de Montreal. Sua obra é permeada pelo misticismo judaico, uma das razões que levaram filósofos como Maurice Blanchot e Jacques Derrida a se interessarem por seu trabalho.
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