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sábado, 6 de fevereiro de 2010

a palavra afunda. afogo-me junto. juntam-se curiosos: "ele vai voltar, é só depois da terceira afundada que não se volta mais". a palavra geme: "eu sabia, mentiroso!". retiram-me da água. estranham os lábios mordidos por fora. "isso não é coisa de peixe, isso é coisa do diabo". jogam-me na água novemente. a palavra dilata. me dilata a cabeça, o estômago e se me explode: "vida de isca é isso, poeta!"

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