para patrícia que sabe esta flora
antes do raio, a mão sobre a cabeça
foi gesto desenhado no escuro
não era pedra ou rio aquele mundo
antes, arco voltaico sobre os ombros
fronteiras aéreas de espaços abertos
salva pelo rosmarinus impassível
na soleira lado leste da cabana
soleira sem sol, leituras cinzas
quando raio, a mão colada ao corpo
toca pele rugosa sem infância
nas rugas o verniz desaparece
resta impronta do raio que se apaga
na memória, o ruído dos teus passos
são ruínas do escuro em meu corpo
membrana deste espaço maculada
na ausência de teu corpo todo fótons.
Um comentário:
Magnífico.
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