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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Poema de Cristiano Moreira

Capsicum SP


da Grécia a dança rubra é o fogo no céu

cárceres de carne kapto lábios de brasa

cresce ao vento nos silvos das ramagens

negra hera adorna o corpo do espantalho

parado diante do viço e crueldade da erva

arde Marte no sono sem tempo para ver

ornato de olhos rubros dentro do vinhedo

rondando de uva em curva o sabor da carne

temperada pela ordem e fumo de Saturno

capsicum, planta maliciosa entre dentes

fogo cujo sabor o tempo ensina a língua

7 comentários:

Marco Vasques disse...

Porra Cristiano. Belo. Muito belo. Mais três versos e teríamos um soneto em tanto. Parabéns ô mô quirido!

Profº. Cristiano Moreira disse...

valeu marcos.
é verdade, talvez, quem sabe.

abraço.

Marco Vasques disse...

Um dia as pessoas ainda acetam o meu nome, um me chama Marques, outro de Velasques e tu de Marcos... pode? Mas o que interessa mesmo é que este teu poema é muito saboroso no sentido bharteano de sabor....

Anônimo disse...

"...planta maliciosa entre dentes
fogo cujo sabor o tempo ensina a língua"

respiração ofegante, suor na nuca, arrepio dos pelos (todos!)... alivio após a uma breve imaginação!!

abraços

rafael disse...

realmente. muito bom.
grande Celso.

Abras

rafael disse...

realmente. muito bom.
grande Celso.

Abraç.

Profº. Cristiano Moreira disse...

oi rafa!!

o rapaz, quanto tempo
seja bem vindo por aqui.

abraço celso.