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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Brinde- Poema de Stéphane Mallarmé

Brinde


Nada, esta espuma, virgem verso
A não designar mais que a copa;
Ao longe se afoga uma tropa
De sereias vária ao inverso.


Navegamos, ó meus fraternos
Amigos, eu já sobre a popa
Vós a proa em pompa que topa
A onda de raios e de invernos;


Uma embriaguez me faz arauto,
Sem medo ao jogo do mar alto,
Para erguer, de pé, este brinde


Solitude, recife, estrela
A não importa o que há no fim de
um branco afã de nossa vela.



Um comentário:

Marco Vasques disse...

Cristiano, de quem é esta tradução?
Abraço