Capsicum SP
da Grécia a dança rubra é o fogo no céu
cárceres de carne kapto lábios de brasa
cresce ao vento nos silvos das ramagens
negra hera adorna o corpo do espantalho
parado diante do viço e crueldade da erva
arde Marte no sono sem tempo para ver
ornato de olhos rubros dentro do vinhedo
rondando de uva em curva o sabor da carne
temperada pela ordem e fumo de Saturno
capsicum, planta maliciosa entre dentes
fogo cujo sabor o tempo ensina a língua
7 comentários:
Porra Cristiano. Belo. Muito belo. Mais três versos e teríamos um soneto em tanto. Parabéns ô mô quirido!
valeu marcos.
é verdade, talvez, quem sabe.
abraço.
Um dia as pessoas ainda acetam o meu nome, um me chama Marques, outro de Velasques e tu de Marcos... pode? Mas o que interessa mesmo é que este teu poema é muito saboroso no sentido bharteano de sabor....
"...planta maliciosa entre dentes
fogo cujo sabor o tempo ensina a língua"
respiração ofegante, suor na nuca, arrepio dos pelos (todos!)... alivio após a uma breve imaginação!!
abraços
realmente. muito bom.
grande Celso.
Abras
realmente. muito bom.
grande Celso.
Abraç.
oi rafa!!
o rapaz, quanto tempo
seja bem vindo por aqui.
abraço celso.
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