sempre sob céu entre estas morrarias
o atrito de aços, açoites são sonhos
dos navios contra a lâmina
plúmbea do rio nesta terça nublada.
quem olha por esta janela
é a criança que ainda ronda margens
é a prórpia margem outra
que outrora em infância eram imagens
desenhou os cilios do vale, os ciliares
vegetais que ornaram com o tempo
os pés de embaúbas e figueiras
árvores embaladas pelos segredos
dos peixes narrados na ora do remanso
quando o rio pára e sereno descansa
os barcos de todas as cores já escritas
em poemas por marcos, florianos
e tantos outros permanecem rondando
esta janela da qual estes olhos querem
sempre saltar como se vissem nas imagens
bateiras a remo partindo para outros rios
4 cenas em 4 instantes
Há 6 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário