Fotografia de um homem
segurando o tambor.
Para Fernando Karl
Não sei não aquela fotografia
grafava em tanto pouca imagem
que não eu sabia o que procurar.
Procurava o que não havia lá
na imagem perdida em alto mar:
Tinta automarinha feita de corais.
Cor submersa na palavra que ele
repetia com um bater de tambor,
eis talvez o que havia na foto
da portada do sitio onde morava.
Assim da imagem eu procurava
a palavra que fundisse à gravura
um sopro verde de epoméias.
E a palavra veio na onda seguinte
e era a palavra alegria que girava
na água da imagem por trás
da imagem que foto- grafava
tambor firme na mão do poeta.
Um comentário:
parabéns pelo poema, cristiano.
postei um poema teu, do "rebojo", no meu blog, o um-sentir.
grande abraço daqui da jaraguá!
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