escrever na chuva sem tempo
é depositar na água impressão dum beijo
e esperar na janela aberta o estio
no punho seco do toureiro à beira rio
um poema no escuro do escritório
segue o cortejo das vozes vivas
que não estão na casa, não nesta
solta no mesmo vento palavrário
dançado na chuva, o poema,
ainda não escrito, sem que se ouça
na chuva em silêncio sem o corpo
inscrito no olhar boiado, olho de loiça.
2 comentários:
teus poemas são bons de mais, cristiano!
grande abraço!
obrigado ita. veja lá novamente que o poema já está diferente.bicho vivo.
valeu.
Postar um comentário