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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Um poema de Marco Vasques

MANHÃ
Para Wilson Bueno

um pássaro mudo
nasce na minha mão esquerda
um pássaro mudo

o canto tatuado na garganta
é o voo andarilho
que para na manhã

olho morto
no andaime da esquina
:cadafalso para pássaros:

na manhã nasce
tatuado na minha mão esquerda
um pássaro mudo
um pássaro mudo

2 comentários:

Tania Carvalho Nunes disse...

Querido Marco, adorei!!!!! tu és muito sensível e muito talentoso. Esta perda tão triste transformou-se neste poema tão emocionado, tão lindo, para eternizar teu amigo querido e este sentimento...

Marco Vasques disse...

Ele já se valeu amada: só o Mar paraguaio, como atesta o Dennis Radünz, vale uma vida. Mas ainda acho que a vida está acima de qualquer livro. Beijo.