carne
a palavra apocalipse retirada da saliva. ofício de pedra o doar palavras nos semáforos. do figo nem cheiro cor ou sabor. a epiderme assim só com o domínio da língua outra. ela carrega um rio na palma da mão. lava todas as palavras antes do encontro. farois explodem sob a saia. da lua e do sol não conhece distâncias. doze demônios bordam seu vestido antes do dilúvio de fogo chegar à carne. a palavra apocalipse e a saliva retiradas da necrose dos lábios.
a palavra apocalipse retirada da saliva. ofício de pedra o doar palavras nos semáforos. do figo nem cheiro cor ou sabor. a epiderme assim só com o domínio da língua outra. ela carrega um rio na palma da mão. lava todas as palavras antes do encontro. farois explodem sob a saia. da lua e do sol não conhece distâncias. doze demônios bordam seu vestido antes do dilúvio de fogo chegar à carne. a palavra apocalipse e a saliva retiradas da necrose dos lábios.
3 comentários:
uma sugestão que te dou:
como Marco Vasques v. está excelente:
teus escritos candentes do inferno
sçao faca só lâmina
agora tente ser outros,tente a invenção suprema:
dê um tiro na têmpora do Marco
e crie outros poetas, com outros ritmos, outras metáforas
karl
Claro Fernando, as antes preciso me livrar dos infernos que me habitam. Aí passarei a criar outros. Talvez eu seja mesmo essa cadência de inferno. Estes textos serão 30. 30 sepultamentos de mim mesmo. Valeu pela dica. Quem sabe após sepultar estes infernos outros apareçam e em outro linguagem. Mais uma vez grato. Sinto falta mesmo deste espaço se tornar um espaço de debate.
Lembro aqui o Borges que tanto dizia que o poeta passa a vida inteira escrevendo e reescrevendo o mesmo livro. Talvez seja isso que esteja acotecendo comigo. ahahhahaha.
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