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sábado, 28 de novembro de 2009


Rubens da Cunha e Enzo Potel
Neste dia 26 participei como autor convidado do encerramento da 2ª Oficina da Palavra Cidade-rio, orientada pelo Enzo Potel no sebo Casaberta, em Itajaí, durante todo o mês de novembro. Foram discutidos textos dos meus livros "Aço e Nada" e "Casa de Paragens".

Como tenho obsessão por poemas finais, eis o último de Casa de Paragens

Desusado, abuso os céus da noite caída. Um
anjo pintado na parede. A verdade traça móveis
e livros. Destroça-os. O que não li argumenta-se
se espera. Espúria conexão com o sonho. Nos
rins, um álcool recém filtrado esmorece a
oração. Raspo a pintura até chegar no osso.
Era um anjo suicida e sem coragem, pediu que
eu o matasse. Então, eu fiz a sua morte.


Rubens da Cunha

Um comentário:

ítalo puccini disse...

ó os dois aí, ó,
que legal!

e os poemas desse teu livro, rubens, são do cacete!

grande abraço!