Rubens da Cunha e Enzo Potel
Neste dia 26 participei como autor convidado do encerramento da 2ª Oficina da Palavra Cidade-rio, orientada pelo Enzo Potel no sebo Casaberta, em Itajaí, durante todo o mês de novembro. Foram discutidos textos dos meus livros "Aço e Nada" e "Casa de Paragens".Como tenho obsessão por poemas finais, eis o último de Casa de Paragens
Desusado, abuso os céus da noite caída. Um
anjo pintado na parede. A verdade traça móveis
e livros. Destroça-os. O que não li argumenta-se
se espera. Espúria conexão com o sonho. Nos
rins, um álcool recém filtrado esmorece a
oração. Raspo a pintura até chegar no osso.
Era um anjo suicida e sem coragem, pediu que
eu o matasse. Então, eu fiz a sua morte.
Rubens da Cunha
Um comentário:
ó os dois aí, ó,
que legal!
e os poemas desse teu livro, rubens, são do cacete!
grande abraço!
Postar um comentário